
Durante muito tempo, acreditava-se que a satisfação do cliente era o principal indicador de fidelização. No entanto, pesquisas recentes mostram que, embora clientes satisfeitos possam voltar a comprar, isso não é garantia de lealdade. O mesmo vale para o encantamento — aquele “uau” momentâneo pode gerar impacto, mas não necessariamente cria um vínculo duradouro.
Neste cenário, surge a pergunta essencial: o que segura o cliente na sua marca? Este artigo mergulha em dados de mercado, análises de comportamento e estratégias práticas para responder a essa pergunta com profundidade. Ao longo do texto, você entenderá como sua empresa pode ir além do óbvio e construir um relacionamento sólido com o consumidor.
O que segura o cliente: satisfação ou encantamento?
A resposta curta é: nenhum dos dois, sozinhos. O que realmente mantém um cliente fiel é a consistência de uma experiência positiva, confiável e relevante, aliada à capacidade da marca de se antecipar às necessidades do consumidor.
Para ilustrar, segundo relatório da PwC, 73% dos consumidores consideram a experiência um fator decisivo no momento da compra. Ainda mais revelador: 32% abandonam uma marca que amam após apenas uma experiência ruim.
Portanto, embora a satisfação seja o mínimo esperado e o encantamento seja desejável, a chave da retenção está em entregar valor continuamente — em todos os pontos de contato e em cada interação.
Satisfação: o básico bem feito
A satisfação é o resultado direto de entregar o que foi prometido. Produtos funcionando, prazos cumpridos, atendimento cordial — tudo isso é essencial, mas não garante encantamento nem lealdade.
Na prática, empresas que se concentram apenas em evitar reclamações acabam se posicionando como “ok” no mercado. Isso pode funcionar por um tempo, mas não cria barreiras emocionais à troca por um concorrente.
Além disso, de acordo com a American Express, 60% dos consumidores estão dispostos a mudar para uma marca concorrente após duas ou mais experiências ruins, mesmo que o preço e o produto sejam similares.
Ou seja, satisfazer o cliente é obrigatório — mas não é o que segura o cliente no longo prazo.
Encantamento: o fator surpresa
Encantar o cliente envolve superar expectativas. Seja por meio de um atendimento personalizado, uma entrega adiantada ou um gesto inesperado, o encantamento cria momentos memoráveis.
Contudo, é importante não exagerar no conceito. O encantamento, quando usado de forma isolada, pode virar apenas uma campanha de marketing vazia. Clientes não querem ser surpreendidos apenas uma vez — eles querem consistência e relevância contínuas.
Nesse sentido, um estudo da Harvard Business Review mostra que reduzir o esforço do cliente para resolver um problema tem mais impacto na fidelização do que encantá-lo com surpresas.
Isso nos leva a uma reflexão prática: menos promessas grandiosas, mais resolução eficiente e humana.
A experiência do cliente como pilar da retenção
Se a satisfação é o ponto de partida e o encantamento é o diferencial, a experiência do cliente (CX) é o que integra ambos em uma estratégia sustentável.
De acordo com dados do relatório da Zendesk (2024), 81% dos consumidores dizem que uma experiência positiva os torna mais propensos a comprar novamente. E mais: 74% esperam que as interações com as marcas sejam personalizadas.
Logo, o que segura o cliente é uma combinação entre:
- Atendimento rápido e empático;
- Personalização com base em dados reais;
- Jornada do cliente fluida entre canais;
- Respostas proativas aos problemas.
Com isso, empresas que investem em Customer Experience bem estruturado têm maior retorno sobre o investimento (ROI) e reduzem significativamente o churn (taxa de cancelamento).
Dados de mercado: por que os clientes ficam (ou saem)
Para entender melhor o comportamento do consumidor, vale observar algumas estatísticas de mercado:
- Segundo a Bain & Company, um aumento de 5% na retenção de clientes pode gerar até 95% mais lucro.
- Além disso, o relatório da Accenture revela que 66% dos consumidores mudam de marca por experiências ruins, não por preço.
- De maneira complementar, uma pesquisa da Salesforce aponta que 84% dos clientes valorizam ser tratados como pessoas, não números.
Esses números evidenciam que construir relações genuínas e confiáveis é o que realmente segura o cliente.
Como aplicar isso na sua marca?
1. Mapeie a jornada do cliente com precisão
Entenda os pontos de contato, gargalos e momentos críticos da experiência. Para isso, utilize ferramentas de CRM, feedbacks e dados comportamentais.
2. Invista em treinamento de equipe
Funcionários preparados, empáticos e com autonomia para resolver problemas fazem toda a diferença na percepção de valor.
3. Implemente uma cultura centrada no cliente
Mais do que um departamento, a experiência deve ser uma prioridade transversal. Assim, desde o marketing até o pós-venda, todos devem atuar com foco no cliente.
4. Use dados a favor da personalização
Utilize informações de navegação, histórico de compras e preferências para oferecer comunicações e ofertas realmente relevantes.
5. Crie mecanismos constantes de escuta ativa
Pesquisas de satisfação, NPS, análise de feedbacks espontâneos e redes sociais são fontes valiosas para entender o que o cliente quer — e também o que ele não quer mais.
Conclusão: o que segura o cliente é a experiência contínua de valor
Em resumo, satisfazer o cliente é o ponto de partida, e encantá-lo pode gerar diferenciação. No entanto, o que realmente segura o cliente é a soma entre valor entregue, consistência e relevância ao longo do tempo.
Dessa forma, em um mercado competitivo, marcas que se destacam são aquelas que conseguem transformar cada interação em uma oportunidade de conexão. Com base em dados concretos, estratégia clara e foco no relacionamento, sua empresa não apenas mantém clientes — ela conquista defensores da marca.
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